terça-feira, 16 de junho de 2015

Minha primeira tevê

Era de caixa de sapato
Colocada em pé
Seu fundo tinha um buraco
Um recorte, em forma de quadrado
Surgia uma caixa de proteção.

Um espeto de churrasco
Atravessando as bordas laterais
Um rolo de papel higiênico sustentado
Formava o tubo de imagem
E uma tela de projeção.

No papel, gravuras e desenhos
foram colados
E a cada giro do espeto
Uma cena se passava
A voz da mãe historiava
Nascia a Programação.
Minha primeira tevê
Não tinha antena, cabo ou eletricidade
Não era LED e LCD, mas Liberdade
Analógica e da última Geração
Era feita de amor.

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